Os fortes de Jalali e de Mirani rodeiam hoje o moderno Palácio Real. A imagem do cartógrafo António Bocarro com a enseada , o porto de abrigo, a concha protegida pelos rochedos , é bem identificável, é impressionante a fidelidade. No fim da tarde com lua cheia com uma luminosidade turvada pela humidade gerada pelo calor intenso , Mascate
Ontem tivemos a surpresa ao visitar Nizwa , cidade do interior onde os portugueses não estiveram. Surpresa de encontrar no forte da cidade um canhão com as armas portuguesas trazido certamente da costa e esse canhão tinha à sua volta a representação do colar do Tosão de Ouro e ao passarmos pela Mesquita de Barla , Anísio Franco lembrou bem que os gomos da cúpulas desta região estão represen
Hoje , porém, o Sultanato de Omã projecta a sua história no futuro. A cidade moderniza-se, o turismo de qualidade é a grande aposta do Sultão , a investigação científica e a cooperação internacional estão na ordem do dia .
Dentro de 20 anos, a economia do petróleo ter-se-á esgotado, haverá gás natural, mas Omã prepara-se para as novas eventualidades.
Ao vermos uma porta manuelina no castelo de Mirani, ao lembrarmo-nos da decoração Torre de Belém, ao evocar a Arábia feliz e a Pérsia, ao recordarmos as vicissitudes da vida de Afonso de Albuquerque percebemos que a presença dos portugueses está em cada canto do mundo e lembramo-nos de que na outra costa do Mar Arábico , em Goa, está ainda a estátua de Afonso de Albuquerque, venerada pelos indo-portugueses apesar de tudo ter sido feito para apagar o seu exemplo da memória humana e ouvimo-lo : “ Mal com El-Rei por amor dos homens, mal com os homens por amor de El-Rei”.
Na próxima crónica falar-vos-ei de Ormuz , de Ormuz e de um grande encantamento!
Crónica de Guilherme d’ Oliveira Martins
Fotografia: CNC/Helena Serra
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